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Guerras, refugiados e crise na Europa

O professor Claudio Hansen fala sobre guerras, refugiados e sobre a crise na Europa, confira!

Refugiados

É um tipo de migração forçada, em que o migrante deixa seu país fugindo de guerras e de perseguições (política, econômica, étnica, religiosa). É um pouco diferente daquele migrante econômico, que busca melhores empregos, salários e condição de vida. A questão principal é saber se a pessoa está sendo empurrada (refugiado) para fora de seu país ou se está sendo atraída (migrante econômico) por outro país. A Convenção de Genebra de 1951, realizada pela ONU, define internacionalmente a questão dos refugiados.

Eles possuem direitos, como não serem enviados de volta aos países de origem. A Guerra da Síria é, hoje, a principal origem desses refugiados, que migram, em sua grande maioria, para países vizinhos, como Turquia, Jordânia e Iraque. Soma-se a esses aqueles deslocados por diferentes crises na África Subsaariana, como os caso do Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Eritréia e Burundi.

 

Guerra da Síria

A Síria é cenário de um dos conflitos mais brutais do Oriente Médio contemporâneo. O país se encontra devastado e conta com um saldo de milhões de mortos desde o começo da guerra, que já dura mais de oito anos. O ponto de partida para essa questão é o fato de que a família al-Assad governa a Síria há quase 50 anos. Isso sem que os presidentes tenham sido democraticamente eleitos. O poder foi passando de pai (Hafez al-Assad) para filho (Bashar al-Assad), como se fosse uma herança. O governo é liderado pela família al-Assad, que pertence a um grupo étnico-religioso denominado alauita, adepto do xiismo. Isso desagrada a maioria da população, que se considera sunita. Em meados de 2011, por conta dos protestos da Primavera Árabe, civis sírios decidiram fazer manifestações contra o governo de Bashar al-Assad, o então presidente do país. Mesmo que todas as manifestações tenham sido pacíficas, o governo decidiu reprimir violentamente os civis. A partir daí, parte dos cidadãos sírios organizou e formou o Exército Livre da Síria para lutar contra as tropas militares do governo.

A situação se tornou cada vez mais complicada quando outros países, como Estados Unidos e Rússia, começaram a apoiar um dos lados da disputa. A presença do Estado Islâmico na região, que busca expandir seu domínio sobre o território sírio, complica ainda mais o conflito. A Guerra da Síria, além dos inúmeros mortos civis, dividiu o território em diversas áreas sob o domínio desses diferentes grupos, desestabilizou o país e criou uma onda gigantesca de refugiados (mais de 5 milhões de sírios abandonaram o país).