Flexibilização do uso de agrotóxicos no Brasil
Os agrotóxicos segundo a legislação brasileira são produtos e agentes (físico, químicos ou biológicos) usados com o objetivo de alterar a composição da fauna ou da flora. A ideia é matar vegetais, insetos, fungos e bactérias indesejadas no crescimento da cultura agrícola em questão. Embora esse termo seja muito comum, o setor do agronegócio prefere a utilização do termo defensivos agrícolas. Os agrotóxicos podem ser divididos em três principais categorias: inseticidas, herbicidas, fungicidas. O restante, como bactericida, moluscicidas etc. correspondem a menor de 4% de sua utilização, então não ganham tanto destaque.
O uso de agrotóxico se popularizou após a Segunda Guerra Mundial. Um primeiro produto utilizado em larga escala foi o diclorodifeniltricloroetano (DDT) para combater o piolho transmissor do tifo. Seu uso foi ampliado para combater mosquitos e diversos outros insetos, até se fortemente criticado com a publicação do livro Primavera Silenciosa. A pesquisadora reuniu nesse livro diversas evidências de que os organismos que entram em contato com o DDT eliminam ela de forma mais lenta, gerando uma concentração no organismo e prejudicando a reprodução e a saúde dos seres vivos, principalmente dos maiores predadores.
Em 2018 um projeto de lei foi aprovado flexibilizando o uso de agrotóxico. A ideia era modernizar o sistema de aprovação desses produtos, ampliando o uso de agrotóxicos mais modernos e menos danosos. Porém foi duramente criticada por facilitar a aprovação desses produtos de forma provisória sem testes mais profundos ou a partir de parâmetros internacionais, isto é consultando se eles são aprovados ou não em outros países.