Economia global: formação de oligopólios
Formação de conglomerados e blocos econômicos
Contradição: aumento da desigualdade e da pobreza
Crescimento das redes ilegais
Fim da Guerra Fria e a Nova Ordem Mundial
Um dos acontecimentos que coincidiram com o fim da Guerra Fria foi a entrada dos EUA na Terceira Revolução Industrial, momento em que o país passou a produzir muita tecnologia e começou a ganhar mercado e capitais, enquanto, por outro lado, a URSS investia fortemente na indústria armamentista, visando um possível enfrentamento direto, e ficando assim atrás na disputa, entrando em crise na década de 1980, e fazendo assim os EUA se destacar como a grande potência mundial.
A inteligência americana cria assim um termo que evidencie o novo contexto mundial, surge então a ideia de Nova Ordem Mundial que funciona sob a lógica da Globalização, ou seja, é apresentada ao mundo a ideia que agora todos estariam ligados por uma mesma lógica econômica (Capitalismo) sob a liderança norte-americana.
Globalização e o papel do Estado
Sobre a Globalização destaca-se ainda o fato que ela não se restringe ao aspecto econômico, mas envolve todo processo que ocorra em escala global, fenômenos culturais, ambientais, esportivos e outros. Além disso, para que esse processo ocorra, a rede de comunicação e de transportes são fundamentais.
Contudo, a ideia de mundo unipolar não persistiu por muito tempo, pois os países europeus destruídos pela Segunda Guerra Mundial se recuperaram, inclusive com o dinheiro norte-americano (Plano Marshall). Emergem assim países concorrentes frente aos EUA, como o Japão, por exemplo. Identifica-se assim a tríade do capitalismo, EUA, Japão e Europa Ocidental na década de 1990. Na década de 2000 passam também a integrar este grupo os países emergentes. Fala-se então em um mundo multipolar. Cabe destacar que no campo militar os EUA permanece unipolar, mas isso pode ser alterado com o destaque militar da China devido ao seu investimento em armamento.
Nesse novo contexto o papel do Estado foi alterado, o qual passou a adotar o Neoliberalismo. Com o destaque de Margareth Tatcher (Reino Unido) e Ronald Reagan (EUA), emerge a lógica em que o controle da economia cabe às empresas e o Estado minimamente presente. Os neoliberais buscavam combater, principalmente, a política do Estado de Bem-Estar social, um dos instrumentos utilizados pelo Keynesianismo para combater a crise econômica de 1929. Nessa política, defendia-se a máxima intervenção do Estado na economia, fortalecimento das leis trabalhistas com o objetivo de aumentar o mercado consumidor, o que contribuía consequentemente para o escoamento das produções fabris. A passagem de um Estado Keynesiano (Estado controlador) para um Estado Neoliberal é chamada de desregulamentação.
Blocos econômicos
Os blocos econômicos correspondem a associações regionais com objetivo de facilitar e incentivar o livre comércio entre os países, derrubando ou reduzindo as barreiras econômicas. São uma resposta dos países ao processo de globalização, mas nem todos os blocos são iguais. Existem diferentes níveis de integração e, portanto, diferenças significativas em seus objetivos. Do mais simples ao mais complexo, sempre incorporando a característica do anterior, é possível classificá-los como:
- Zona de Livre Comércio: facilita a livre circulação de mercadorias e capitais dentro dos limites do bloco, estabelecendo uma tarifa interna comum (TIC). O Nafta, atualmente denominado UMSCA, é um grande exemplo.
- União Aduaneira: Além da existência da TIC, é definida uma tarifa externa comum (TEC). Além de facilitar a livre circulação de mercadorias entre os países membros, busca definir tarifas únicas para o bloco negociar com outros países. O Mercosul é um exemplo.
- Mercado Comum: possui todas as características dos blocos anteriores, porém apresenta uma integração mais ambiciosa. O objetivo é a livre circulação de capitais, serviços e pessoas.
- União Monetária e Política: é o maior nível de integração dos blocos. Além de possuir uma moeda única e consequentemente a criação de um Banco Central, busca também uma unificação legislativa profunda, superando os limites dos Estados. O único exemplo é a União Europeia e o tão famoso Banco Central Europeu, bem como o Parlamento Europeu.