A formação do BRICS
BRICS e as mudanças no cenário internacional
Crise internacional e o BRICS
Economias emergentes, PIB e a concentração de renda
Os BRICS e o crescimento econômico
Os BRICS e a sua importância na indústria mundial
A geopolítica e questão ambiental nos BRICS
Abertura Econômica Brasileira
O Estado brasileiro, desde Getúlio Vargas (1930) até o final da Ditadura Militar (1985), foi o responsável pelo processo de industrialização. Todavia, com a crise econômica, na década de 1980, observa-se o fim desse período. É possível dizer que isso não ocorre apenas no Brasil e é resultado do fim do modelo keynesiano. Em meio à necessidade de reestruturação, inicia-se o processo de abertura política e econômica do país. Esse processo foi marcado pela aplicação do Consenso de Washington – conjunto de medidas macroeconômicas, para promover o desenvolvimento econômico e social, que representam a concepção do Estado Mínimo. Entre as regras preconizadas por esse plano estão: ajuste fiscal, reforma tributária, juros e câmbio de mercado, abertura do mercado para investimentos estrangeiros, eliminação das restrições ao livre mercado e incentivo aos modelos de privatizações, bem como a desregulamentação e desburocratização da máquina estatal.
O Período Collor (1990) a FHC (2002)
Período marcado pela implementação das recomendações do Consenso de Washington. É quando surgem as ondas de privatizações das estatais brasileiras, flexibilização das leis trabalhistas, maior abertura do mercado nacional para produtos, capitais e serviços internacionais, além de uma redução de investimentos em setores sociais. Tudo conforme o manual de instruções neoliberal. O rápido processo de privatização a que alguns setores estratégicos foram expostos, como o sistema de transportes, energia e mineração, geraram críticas. Os recursos captados com o processo de privatização, que deveriam servir para diminuir a dívida pública, foram rapidamente minados, pois a política de juros altos, para conter a inflação e atrair os investimentos externos, elevou o valor da dívida para níveis superiores àqueles arrecadados com a venda do patrimônio público.
Desconcentração Espacial das Indústrias
O Estado é mínimo, mas se faz presente. Essa frase representa bem o processo de desconcentração espacial das indústrias, o qual sofreu um efeito catalisador com a chamada Guerra Fiscal. Uma vez que o governo federal não é mais o agente nesse processo, os estados passam a disputar o interesse das empresas privadas e, principalmente, das transnacionais, quanto ao local da instalação de seus parques e centros produtivos. Assim, os governos estaduais oferecem incentivos e mesmo renúncias fiscais, no intuito de hospedar os empreendimentos, além do fornecimento de terrenos em posições estratégicas e da formação dos polos industriais ou tecnopolos. Gradativamente, pode-se observar uma migração das grandes companhias em direção às chamadas Cidades Médias, devido à evolução das técnicas e dos meios de transporte e comunicação.
BRICS
O termo “BRIC” foi criado em 2001, por Jim O’Neil, destacando possíveis economias emergentes, como o Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2009, os chefes de Estado desses quatro países decidiram criar o “Cúpula do BRIC”, se reunindo a cada ano para debater assuntos econômicos e geopolíticos de interesse comum. A partir de 2011, a África do Sul foi incorporada ao grupo que passou a ser denominado de BRICS. As razões para o grande crescimento desses países no início do século XXI são: enorme mercado consumidor, cujo tamanho representa 40% da população mundial, possuem grandes riquezas minerais, apresentam um crescimento industrial formidável.
Entre 2008 e 2013, essas economias representaram até 50% do crescimento econômico mundial, formando uma forte polarização ao G7, grupo de países economicamente mais poderosos do mundo, reafirmando o caráter multipolar da Nova Ordem Mundial. É importante destacar que esse crescimento foi puxado principalmente pela China que forçou uma política de crescimento em meio à Crise de 2008, causando uma alta das commodities. Como Brasil, Rússia e África do Sul são grandes exportadores de commodities suas economias foram beneficiadas com a alta desses produtos primários.