Segunda Rev. Industrial e o modelo fordista
Taylorismo e Fordismo
Linha de montagem (produção) fordista
Produção fordista
Crise de 29 e a saída do Estado
Razões para a Crise de 29
Introdução
Para obter maior lucratividade, a indústria passou a aperfeiçoar as formas de trabalho e produção. É nesse contexto que surgem os modelos produtivos, que consistem em um método de racionalização da produção.
Fordismo e Taylorismo
O engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor (1856-1915), visando a aumentar a eficiência produtiva, estudou tempos e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Seus estudos ficaram conhecidos como Taylorismo.
Henry Ford (1863-1947) já desenvolvia sua linha de montagem para aumentar sua produção, quando ouviu falar das ideias de Taylor. Impressionado, Ford contratou o engenheiro para trabalhar na sua fábrica. O Fordismo nasce dessa associação entre as ideias de Taylor e a prática de Ford. Por isso, o Fordismo também é chamado de Fordismo-Taylorismo.
São características do Fordismo:
- Linha de montagem: É a famosa esteira de produção retratada no filme Tempos Modernos.
- Trabalho especializado (repetitivo): É a pura aplicação das ideias de Taylor. Quanto menor fosse a tarefa executada pelo trabalhador, mais eficiente ele poderia ser. Com o tempo, a tendência era se tornar um especialista naquela tarefa.
- Padronização: A repetição das tarefas exigia uma padronização da produção.
- Mão de obra alienada: O trabalhador executava apenas uma tarefa e não conhecia todo o método de produção, apenas a sua função.
- ·Produção concentrada: Espacialmente, a fábrica fordista era concentrada em um local, produzindo e armazenando (estoques lotados) tudo no mesmo espaço. A concentração espacial reunia no mesmo espaço milhares de trabalhadores, o que facilitava a ação de sindicatos, por isso, a pressão sindical era muito forte.
Crise de 1929
A Crise de 29, ou Grande Depressão, foi um momento de crise financeira das principais potências, que acarretou uma crise mundial em 1929. É uma crise do Liberalismo. Com o otimismo pós-guerra (Primeira Guerra Mundial), observou-se o aumento da produção possibilitado pelo Fordismo. Todavia, esse otimismo e crescimento não se manifestaram no consumo, em parte, porque não houve aumento do poder de compra dos trabalhadores. Assim, produzia-se mais do que se consumia. Genericamente, essas foram as condições para a crise de superprodução de 1929. Cuidado!! Não é uma crise do Fordismo (modelo produtivo), e sim do modelo econômico, Liberalismo.
O cientista econômico John Maynard Keynes já vinha apontando para a possibilidade de uma crise econômica devido a não interferência do Estado na economia. Ele defendia que o Estado deveria ser atuante (forte) na economia, para ajudar o capitalismo nos momentos de crise, naturais desse sistema. Após a crise do Liberalismo, Keynes, que já apontava para seu esgotamento, passou a ser um grande referencial na economia. Franklin Delano Roosevelt, inspirado nas ideias de Keynes, lançou o New Deal (Novo Acordo), em 1933, para recuperar a economia americana a partir do aumento do consumo. Lembre-se: a crise de 1929 tinha sido resultado da superprodução e estagnação do consumo. Roosevelt fundamentou-se nas ideias de Keynes para recuperar a economia. Entre essas ideias, podem-se citar:
- Pleno emprego e estabilidade;
- Aumento dos salários;
- Menos horas de trabalho.
Todas essas ações buscavam o crescimento do número de empregos, da renda e do consumo, recuperando a economia americana. Esse Estado forte na economia ficou conhecido como Estado Keynesiano ou Estado do Bem-Estar Social. Nos Estados Unidos, foi responsável por consolidar o American Way of Life (estilo de vida americano). Na Europa, está associado a diversos ganhos sociais pela população desse continente.