Os novos processos produtivos
Características da 3ª Revolução Industrial
A renovação dos produtos
As novas relações na 3ª Revolução Industrial
Os impactos ambientais
As relações de trabalho e o sistema produtivo na 3ª Revolução Industrial
A organização da produção
Terceira Revolução Industrial e o futuro do trabalho
Terceira Revolução Industrial
A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica-Informacional, tem início em meados do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Surge no Vale do Silício, Califórnia, Estados Unidos. Esse é um importante tecnopolo americano, que abriga grandes empresas do setor de informática e telecomunicações. Essa fase corresponde ao processo de inovações tecnológicas e informacionais na produção e é responsável pela integração entre a ciência, a tecnologia e a informação. Nesse aspecto, a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)de novas tecnologias possibilita às empresas desenvolverem novos produtos, obtendo maior lucratividade. Essas empresas reinvestem parte dos lucros em P&D, gerando um ciclo que os países não desenvolvidos e outras empresas não conseguem superar com facilidade. Na atualidade, possuir indústria não é mais sinônimo de riqueza, e sim a capacidade de desenvolver tecnologia. A evolução industrial não parou por aí.
O modelo de produção da 3ª Revolução Industrial é o Toyotismo
O modelo de produção toyotista foi idealizado por Eiji Toyoda e Taiichi Ohno e difundido pelo mundo a partir de 1970. O Toyotismo, também conhecido como sistema flexível ou pós-fordista, foi desenvolvido em uma fábrica de automóveis da Toyota, no Japão, buscando atender às especificidades da produção e do território japonês. Todavia, suas características despontaram como alternativa ao Fordismo, que enfrentava sua crise na década de 1970.
São características do Toyotismo:
- Produtos pouco duráveis: A durabilidade foi um problema para o Fordismo. Nesse sentido, a lógica do Ciclo de Obsolescência Programada, em que os produtos possuem uma data de “validade”, foi fundamental para superar as limitações do consumo fordista.
- Diversificação: A produção diversificada, com muitas opções, buscando atender às características de cada mercado, foi importantíssima para oferecer uma maior variedade de produtos.
- Just in time: Seguindo a lógica acima, produzir de acordo com a demanda e gosto do mercado permitiu reduzir os estoques e a possibilidade de perdas produtivas.
- Mão de obra qualificada: Outra característica que possibilitava o amplo desenvolvimento desse modelo. Com uma mão de obra altamente educada e qualificada, toda melhoria no processo produtivo poderia ser mais rapidamente incorporada, ao mesmo tempo que esses trabalhadores contribuíam para esse progresso.
Quarta Revolução Industrial
A Quarta Revolução Industrial tem início nos anos 2010, caracterizada principalmente pelo uso da Internet das Coisas (IOT), impressão 3D e inteligência artificial. É importante destacar que ainda não é consenso entre os estudiosos a existência dessa quarta fase. No Fórum Econômico Mundial, realizado em 2016, na cidade de Davos, Suíça, a Quarta Revolução Industrial foi muito debatida, especialmente o fato de que, após a crise de 2008, muitos países adotaram políticas protecionistas muito fortes, o que dificulta a expansão dessa fase. Ela também é conhecida como Indústria 4.0. É importante destacar que essa revolução é marcada pela evolução dos sistemas digitais e tecnologias da revolução anterior, a qual ocasionará mudanças tão profundas que é considerada uma nova revolução industrial, sendo a mais perceptível delas a automatização total das fábricas.
Parece existir um consenso que as repercussões dessa revolução impactarão as mais diversas esferas. Ela chegará até os lugares mais distantes do planeta, afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho, impactarão a segurança geopolítica, além de carregar consigo novas questões e debates éticos.
Trabalho e Desemprego
Com a quarta fase da Revolução Industrial é exigida cada vez mais uma maior qualificação da mão de obra. Com isso surge a necessidade de investir mais em educação para preparar a mão de obra para esse novo mercado e novas profissões que irão surgir nesse contexto. Por outro lado, as transformações dessa fase vão gerar desemprego, e um tipo específico denominado desemprego estrutural, isto é, aquele gerado permanentemente pela introdução de novas tecnologias no processo produtivo. Diferente do desemprego conjuntural, que ocorre devido a crises econômicas e são recuperados com o crescimento econômico.