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Questão 1 – Parte 1

O professor Diogo Mendes comenta a obra de Guimarães Rosa e interpreta o texto da primeira questão do nosso material. Veja!

Questão 1 – Parte 2

Questão 2

Questão 3

Questões 4 e 5

Interpretação de “A terceira margem do rio”

Questões 6, 7 e 8

Guimarães Rosa 

Considerado por muitos como o maior criador, em prosa, do século XX no Brasil e um dos maiores da cultura ocidental moderna, João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, em 1908. Estudou medicina e trabalhou no interior de seu estado como médico da Força Pública. Conhecendo mais de uma dezena de idiomas, em 1934 prestou concurso para o Itamaraty, onde trabalhou como diplomata e como embaixador. Faleceu aos 59 anos, no Rio de Janeiro, três dias após sua posse na Academia Brasileira de Letras

Estreou com Sagarana (1946), que renova o conto brasileiro. Em 1956, aparecem as sete novelas poéticas de Corpo de baile e Grande Sertão: veredas, romance filosófico, mítico e poético, em que funde prosa e poesia, narrativa intensa e criação de ritmos, metáforas e alegorias. Seus últimos livros compõem-se de histórias cada vez mais densas de poeticidade e simultaneamente mais breves. Primeiras estórias é um conjunto de contos nos quais as crianças, os velhos, os loucos - seres rústicos e em disponibilidade para a travessia existencial - vivem momentos de encantamento, de iluminação, de rara e ancestral poesia, que universalizam e reinventam literariamente o sertão, como ocorre em Tutaméia, Estas histórias e Ave palavra.

Rosa, em 1963 ganha a concessão de uma cadeira na ABL – Academia Brasileira de Letras, mas a posse só ocorre quatro anos mais tarde. Em seu discurso, disse que “a gente morre para provar que viveu” – como uma confirmação de sua conquista. O autor ocupou a segunda cadeira por apenas três dias, falecendo logo em seguida do acontecimento.

Características das obras de Guimarães Rosa

Por ser um autor pós-modernista, é possível perceber certa particularização no estilo de escrita de Rosa, bem como nas temáticas abordadas ao longo de suas obras. Vejamos as principais características do autor: 

  • Regionalismo (universal: Sertão → mundo).
  • Vasculha com profundidade a natureza humana, captando seus anseios, inquietudes e desejos.
  • Dialeto mágico → reinvenção da linguagem.
  • Reprodução da fala do Sertanejo.
  • Sintaxe revolucionária.
  • Uso de neologismos.
  • Emprego de recursos poéticos (aliterações, assonâncias, ritmo, rimas).
  • Travessia: caráter concreto e simbólico (Sertão, Diabo, Amor, Medo).