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Elipse, Zeugma, Assíndeto e Hipérbato

Acompanhe a aula sobre Figuras de Linguagem

Silepse, Polissíndeto, Anáfora e Anacoluto

As figuras de linguagem são recursos característicos da conotação, de modo que utilizam-se de palavras de uma forma criativa da linguagem. No entanto, essas figuras são divididas em grupos de acordo com funções que elas desempenham. As figuras de sintaxe, também conhecidas como figuras de construção, podem ser classificadas a partir das palavras que sofrem mudanças na ordem sintática comum dentro da oração para provocar determinados efeitos de sentidos no textos. Vamos analisá-las?

Elipse

Consiste na omissão de um termo ou de uma expressão que pode ser facilimente identificada pelo contexto. Por exemplo:

(Eles) Comemoraram ontem à noite.

ATENÇÃO!

A zeugma é uma figura de linguagem facilmente confundida com a elipse. No entanto, em provas de concurso, tal diferenciação não é frequentemente estabelecida. Mas vamos diferenciá-las para você! Enquanto a elipse consiste em uma omissão que pode ser subentendida pelo contexto da frase, a zeugma, por outro lado, é a supressão de um termo anteriomente expresso na frase. Por exemplo: João é muito estudioso e a sua irmã também é (estudiosa).

Pleonasmo

Consiste na repetição de significados de um vocábulo ou de termos da oração. Por exemplo:

Chorou um choro de profundo lamento.

ATENÇÃO!

Cabe ainda destacar o pleonasmo vicioso, que é uma repetição desnecessária de algum termo ou ideia na frase. Nesse caso, não se configura como uma figura de linguagem, mas sim como um vício de linguagem. É o caso, por exemplo, das expressões “subir para cima”, “descer para baixo”, “entrar para dentro”, “sair para fora”, entre outras.

Hipérbato

Consiste na inversão da ordem direta das palavras na oração, ou da ordem das orações no período, com finalidade expressiva.

Você conhece o personagem Yoda de “Star Wars”? Ele é muito famoso por inverter o termos dentro de uma oração, de modo que garante uma finalidade expressiva às suas falas. Imagine a seguinte frase na ordem direta: “Você ainda tem muito a aprender”. Quando proferida pelo personagem, seria totalmente diferente, veja o exemplo abaixo:

Polissíndeto

Consiste no emprego repetitivo de conjunções coordenativas, especialmente as aditivas. É importante relacionar essa figura de linguagem a uma outra chamada assíndeto. Esta é estabelecida por um processo oposto, ou seja, pela omissão de conectivos coordenativos. Veja os exemplos abaixo:

“Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre.” 
(Olavo Bilac)

 

Silepse

Consiste na concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com o seu sentido, ou seja, com as ideias que elas expressam. É importante destacar que a concordância siléptica não é considerada um erro em relação às normas gramaticais, visto que são estabelecidas com intenção estilística. No entanto, devem ser utilizadas com respaldo e em situações de comunicação específicas, por exemplo, em textos expressivos. Elas podem ser classificadas em:

• Gênero: Vossa excelência parece chateado.
• Número: O grupo não gostou da bronca, reagiram imediatamente.
• Pessoa: Os brasileiros somos lutadores.

Anáfora

Consiste na repetição de uma mesma palavra, ou várias, no começo de orações, períodos ou versos. Por exemplo:

Exemplo:
Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei”
(…)

(À primeira vista - Daniela Mercury)