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Os modos de organização do discurso

A professora Fernanda Vicente fala sobre os modos de organização discursiva. Confira!

A narração

A descrição

A dissertação

Narração

A narração, de forma progressiva, expõe as mudanças de estado que acontecem com objetos, cenários e pessoas através do tempo. Dentro desse tipo textual há elementos importantes como, por exemplo, o foco narrativo, o tipo de discurso (direto, indireto ou indireto livre), o enredo, o tempo, o espaço e os personagens.

O foco narrativo

  • Narrador em 1ª pessoa: Narrador-personagem. A narrativa é vista de dentro para fora, de acordo com as perspectivas do personagem que é caracterizado, também, por meio das relações que faz, da linguagem que usa e de suas experiências.
  • Narrador em 3ª pessoa: Narrador-observador. Ele conhece todos os elementos da narrativa, dominando e controlando o modo de pensar dos personagens. Não há reconhecimento nem revelação de todo o ambiente por parte de quem narra e isso mantém o mistério e dá um certo limite ao leitor, além de não se intrometer muito na história.

 

Descrição

A descrição é um tipo textual que tem por objetivo descrever, ou melhor, fazer um retrato verbal de pessoas, objetos, cenas ou ambientes. Entretanto, é muito difícil encontrar um texto exclusivamente descritivo e o que ocorre são trechos descritivos no meio de textos narrativos. Para diferenciar os dois tipos de texto, deve-se perceber o caráter estático do texto descritivo enquanto o narrativo possui uma sequência de episódios.

Nos textos descritivos há predomínio de adjetivos, frases nominais, períodos curtos e verbos de ligação que visam a retratar em detalhes um ambiente, um personagem, um objeto etc. Além disso, a visão particular de um personagem também pode ser característica da descrição, que pode ser feita em primeira ou terceira pessoa. Se em primeira pessoa, é evidente que o personagem participa da história; se em terceira pessoa, o
narrador descreve.

Observe o fragmento narrativo com traços de descrição:
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua
guerreira tribo da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

Alencar, José de. Iracema: lenda do Ceará - São Paulo: Via Leitura, 2016.

Texto argumentativo

O texto argumentativo é aquele em que defendemos um ponto de vista com o objetivo de convencer, persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte. Esse convencimento é feito mediante a apresentação de razões, em face da evidência das provas com base em um raciocínio coerente e consistente.
Para que o leitor seja convencido de uma ideia, ela deve ser construída por meio de evidências. Ela pode ser comprovada por meio de exemplos, ilustrações, dados estatísticos, argumentos de autoridade, entre outros. A evidência é o elemento mais importante da argumentação, pois toda argumentação consiste em uma declaração seguida da prova.

Texto injuntivo

O texto injuntivo (ou instrucional) é aquele que explica sobre algo para o leitor para a realização de uma ação. Sua função é instruir para que ele seja capaz de realizar uma atividade. São exemplos desse tipo textual, os gêneros: receita médica, receita culinária, bula de remédio, manual de instruções, entre outros. Além disso, uma das características do texto instrucional é a utilização de verbos no modo imperativo para configurar “ordem” sobre o procedimento a ser realizado.