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Questão 2 – Revoluções de 1848

Neste vídeo o professor William Gabriel soluciona um exercício sobre a Primavera dos Povos, em 1848, quando Marx e Engels lançaram seu manifesto numa tentativa de mobilizar o proletariado. Acompanhe aqui o

Questão 3 - Positivismo

Questão 4 – Socialismo Conciliador

Questão 5 - Cartismo

Questão 6 - Comunismo

No aspecto social da revolução industrial podemos evidenciar o surgimento da massa operária nos centros urbanos pela Europa, principalmente na Inglaterra e França, onde já havia acontecido um êxodo rural e existia um modelo de produção muito parecido com o que estava por vir, o modelo das manufaturas que eram gigantescos galpões lotados de artesãos.

Neste período, destaca-se a transformação que o advento das indústrias ocasionou nas classes sociais do ocidente e em determinados grupos, que passaram a ter maior força e visibilidade, como, por exemplo, a burguesia industrial, que era formada praticamente pelos mesmos burgueses que já investiam seu capital no comércio, os operários, que eram neste momento uma parte dos antigos artesãos urbanos, que perderam seus clientes para as máquinas, e agora iniciavam as organizações como classe e os próprios camponeses, que viam a entrada de novas técnicas também no campo e, desde o final da idade média, eram expulsos do campo pelos grandes latifúndios, no caso da Inglaterra pelos cercamentos.

Ainda no século XVIII, não havia direitos ou legislações que regulamentassem as relações entre patrões e operários, assim, a indústria não oferecia condições de trabalho satisfatórias. As jornadas costumavam passar de doze horas por dia, os salários eram baixíssimos (mais baixos ainda para mulheres e crianças) e se encontravam crianças em idade escolar na linha de produção, deixando os operários em condições miseráveis nas periferias das cidades industriais.

Assim, tendo em vista a extrema precariedade nesta fase da revolução industrial, grupos de operários passaram a se organizar em associações e sindicatos, inicialmente conhecidos como trade unions, para reivindicar seus interesses e organizar ações para pressionar o patronato a melhorar suas condições de trabalho e remuneração (as táticas eram mais comumente as de protestos e greves). Alguns movimentos tomaram ações mais diretas contra os abusos dos patrões, como o ludismo, movimento inglês muito comum entre 1811 a 1812, inspirado pelo operário Ned Ludd, que quebrava as máquinas das indústrias contra a substituição da mão de obra humana. O movimento atingiu seu auge quando, em 1812, o condado de York processou sessenta e quatro pessoas por destruírem uma fábrica na região (com treze condenações a morte e duas deportações para as colônias), o movimento perdeu força com a organização dos sindicatos.

Ainda nos movimentos de luta e reivindicações deste período, destaca-se também a resistência mais legalista, marcada sobretudo cartismo de 1830. Neste caso, Feargus O’Connor e William Lovett lideraram o movimento que lutava pelo sufrágio universal masculino, por melhores salários e condições de trabalho e a representação operária no parlamento. Estes organizaram uma marcha em 1848 que, mesmo não tendo atingido as expectativas de adesão, ganhou apoio no parlamento. Contudo o movimento enfraqueceu antes da conquista do voto e da representação parlamentar dos operários, ainda sim estes conseguiram impor outras reinvindicações como a lei de proteção infantil em 1832, lei de imprensa em 1836, a reforma do código penal em 1837, a suspensão da lei dos cereais, a lei permitindo as associações políticas e a jornada de trabalho de 10 horas.

 

Positivismo

O filósofo francês Augusto Comte (1798 – 1857) é considerado um dos fundadores da Sociologia e o pai de uma corrente de pensamento denominada de positivismo. Essa corrente de pensamento defendia, em grande medida, a aplicação de métodos científicos baseados na experimentação como única forma de proporcionar um conhecimento verdadeiro sobre a sociedade. Assim, Comte se esforça por delimitar o campo de estudo da Sociologia, tendo sido influenciado profundamente por acontecimentos históricos de sua época, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.

Comte observou esse processo de formação dos grandes centros urbanos, podendo refletir sobre fenômenos sociais absolutamente novos que surgiram em razão das modificações ocorridas na sociedade europeia da época. De acordo com a teoria de Comte, o estudo da sociedade deve ser tão rigoroso quanto, por exemplo, o estudo empreendido pelas ciências naturais. Assim, a ciência da sociedade deve ser rigorosa, baseando-se sempre na experimentação a fim de explicar corretamente os fenômenos sociais.

Nos seus primeiros escritos, Comte já esboçava formar uma nova ciência, a Sociologia, que recebeu inicialmente o nome de Física Social. O objetivo primeiro de Comte com sua recém-criada área do conhecimento não era apenas interpretar os fenômenos sociais e as transformações abruptas observadas em seu tempo, ele pretendia criar uma ciência capaz de produzir soluções para os problemas sociais que causavam o mal-estar das revoluções, principalmente a Revolução Industrial, que teve como consequência imediata a explosão demográfica, o desemprego, a miséria, a violência e o acirramento da desigualdade social. A partir de um método científico afinado com o praticado nas ciências da natureza, Comte acreditava que seria possível encontrar as leis que regiam o funcionamento da sociedade e assim a ajustar. Essa visão da dinâmica social é fruto da visão de Comte sobre o que homem havia criado de mais profundo e organizado, a observação e o trabalho científico. Essa corrente de pensamento recebe o nome de positivismo.

Comte defende que a história do pensamento humano progredia em estágios. O espírito humano, então, desenvolve-se através de três fases principais, a saber: a teológica, a metafísica e a positiva. No estágio teológico, o espírito humano ainda está muito mais voltado para crenças do que propriamente para o uso da ciência como forma de construção do conhecimento. A fase teológica, então, está relacionada com uma tentativa de explicação do mundo a partir da imaginação, apelando comumente para deuses e entes sobrenaturais a fim de explicar a realidade.

A fase metafísica, exemplificada pelo período histórico do Renascimento, está relacionada com uma explicação da realidade não em termos imaginativos, como na fase teológica, mas em termos naturais. No lugar da imaginação, surge a argumentação metafísica, que questiona as explicações que se baseiam em entes sobrenaturais. Já o estado positivo, é marcado pela observação como forma de entendimento da realidade, o que ocorre através da experimentação própria do método científico. Para Comte o conhecimento científico é superior e o único válido para organizar a sociedade e as relações humanas.

 

Socialismo


O único meio de solução das contradições do capitalismo seria, de acordo com Marx, através de uma revolução proletária que, destruindo o sistema econômico vigente, extinguisse com a propriedade privada dos meios de produção e fizesse das empresas uma propriedade comum, de onde todos seriam operários, mas de onde todos também seriam donos.