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Mundo pós-guerra fria e crise na indústria bélica

Nesta aula o Prof. Claudio Hansen indica que inúmeros gastos que se justificaram pela existência da Guerra Fria são questionados pela população civil após o seu término, como, por exemplo, o investimento em armas.

O 11 de setembro e a luta contra o terror

A Doutrina Bush e a expansão dos EUA

A Crise Imobiliária Americana

A população latina e suas perspectivas

Mundo Pós-Guerra Fria

Durante a Guerra Fria, a maioria dos conflitos na área de geopolítica seguia a lógica da bipolaridade, ou seja, geralmente envolvia os EUA (Estados Unidos da América) ou a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Após a queda do Muro de Berlin e o colapso da URSS, a humanidade presenciou uma mudança nas dinâmicas da geopolítica mundial. Com a Nova Ordem Mundial marcada pela multipolaridade econômica as tensões geopolíticas passaram a envolver diversos Estados Nações, como, Rússia, China, Irã, Israel, Índia, Arábia Saudita e os Estados Unidos.

 

Queda da produção de armas americanas

Uma das consequências do fim da Guerra Fria para os Estados Unidos foi o questionamento sobre sua política armamentista no contexto da corrida bélica durante a Guerra Fria. Agora, sem um inimigo em comum, esses enormes gastos militares pelos Estados Unidos passavam a ser contestados internamente. Com isso, na primeira metade da década de 1990 observou-se uma queda dos gastos norte-americanos. Os Estados Unidos com o fim da Guerra Fria passaram a ser a única superpotência militar e com isso começaram a reorganizar suas forças armadas.

 

11 de setembro e a Doutrina Bush

Todos os conflitos precisam de alguma justificava, mesmo que ela seja artificialmente criada. Até o final da década de 1980 vivia-se um contexto de Guerra Fria. O grande inimigo dos países nesse momento eram aqueles contrários a ideologia dominante, seja ela capitalista ou socialista.

Com o fim da Guerra Fria os Estados Unidos e parte do mundo ficaram de certa forma sem um inimigo evidente, parecia que os conflitos iriam diminuir. Todavia, o atentado terrorista provocado pela al-Qaeda no dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, mudou isso. O terrorismo passou a ser o novo inimigo que deveria ser enfrentado a partir de ataques preventivos, concepção que ficou conhecida como Doutrina Bush. Essa reorientação geopolítica do final do século XX para o XXI significou um conjunto de transformações no Oriente Médio resultando em diversas guerras ainda em andamento.

 

Crise de 2008

Sobre a crise de 2008 é importante entender que o crescimento do mercado no período ocorria de forma especulativa, a exemplo do mercado imobiliário. Similar ao que acontece no Brasil, você compra imóvel e espera ele ficar mais caro para revender, de modo que a questão moradia urbana se torna na verdade é um investimento financeiro. O próprio aumento do preço dos imóveis tem caráter especulativo, ou seja, se espera que os imóveis fiquem mais caros, há mais compras e o mercado se aquece.

Nos EUA o que estava acontecendo era o seguinte, muita gente pegando empréstimo no banco para comprar imóveis financiados, para isso a população muitas das vezes hipotecava sua casa para poder investir e fazer mais dinheiro. Plano do americano médio era, portanto, grosso modo, pegar um empréstimo, comprar um imóvel, esperar ele ficar mais caro, vender, pagar o empréstimo e ficar com o lucro. A medida que muitos fazem isso, com base na lei da oferta e da procura: a oferta de apartamento era imensa, todo mundo que comprou queria vender, tinha pouca gente pra comprar, o preço dos imóveis começa a cair, as dívidas passam a crescer porque o pessoal que pegou empréstimo não consegue pagar, aí pra se livrar do problema acabavam vendendo barato mesmo e não ficando com lucro nenhum, mas vezes até com dívidas. Assim muitos empréstimos não foram quitados e os bancos ficaram no déficit. Com bancos e seguradoras em crise, travou a liberação de crédito, reduzindo o consumo.

Acontece que numa economia globalizada quando a bolsa americana quebra, todos os países que dependem dele quebram junto. Para sair da crise, o Estado americano injeta muito dinheiro na economia. Houve até a estatização o Northern Rock, um grande banco britânico de crédito imobiliário. Nesse mesmo período, União Europeia e Japão também passavam por crises. Por isso, até 2013 eram os países emergentes (com destaque para os BRICS –Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que dominavam o crescimento da economia do mundo. Em 2013 o crescimento econômico passa de novo pra mão dos países mais ricos que detém mais de 50% do crescimento. EUA, Reino Unido e Japão voltam a se recuperar.