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Questão sobre Conferências Climáticas

Neste módulo o Prof. Claudio Hansen resolve uma questão que cobra como competência conhecimento sobre as reuniões sobre meio ambiente, a pauta ambiental e a sua contemporaneidade.

Questão sobre Sustentabilidade

Questão sobre Preservação Ambiental

Questão sobre Protocolo de Kyoto e Emissão de CO2

Questão sobre a Evolução da Pauta Ambiental

Questão sobre o Debate Ambiental

Conferência de Estocolmo

A primeira conferência internacional do meio ambiente foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia. Esse evento teve como um de seus principais objetivos definir estratégias e metas para equilibrar a relação homem-ambiente.

A importância desse encontro é muito grande, porque marca um primeiro esforço no sentido de tentar preservar o meio ambiente, em nível mundial. Na década de 70 ainda existia um número considerável de pessoas que acreditavam que os recursos naturais eram renováveis constantemente, e a matéria-prima uma fonte inesgotável. A Conferência de Estocolmo serviu para começar a mudar esse pensamento e apresentar a realidade: o consumo excessivo e indiscriminado da natureza seria fatal ao ser humano. Começou-se, então, a analisar com maior cuidado situações como o assoreamento de rios, ilhas de calor, inversão térmica, secas, desmatamento, efeito estufa, mudanças climáticas, entre outros, que alertaram a comunidade científica mundial.

Na busca por soluções, os países desenvolvidos acusaram as indústrias de serem os grandes responsáveis pelos problemas ambientais, propondo um novo ritmo de produção, o “crescimento zero”. Esse fato vai gerar insatisfação nos países subdesenvolvidos, pois não alteraria a posição de liderança mundial dos países centrais, sendo que esses tinham sido os principais poluidores, devido à grande quantidade de indústrias que alavancaram a seu crescimento.

Da Conferência de Estocolmo surgiu um documento intitulado “Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano”, fazendo menção a assuntos fundamentais e que são atuais ainda hoje, como os três fatores essenciais para a continuação de um ambiente saudável para a vida humana, que seriam: eficiência econômica, igualdade social e equilíbrio ecológico.

 

Rio 92

Vinte anos após a Conferência de Estocolmo foi realizada a Conferência Rio 92. Essa conferência foi considerada a mais importante de todas, porque nela ocorreu uma maior adesão de países e, para os especialistas, consolidou uma agenda global para o meio ambiente. Os temas abordados na conferência foram uma extensão da conferência de Estocolmo, e tiveram influência do Relatório Brundtland, documento de 1987 também conhecido como “Nosso Futuro Comum”, que sinalizava o risco de esgotamento dos recursos naturais por causa do modelo agressivo ao meio ambiente, adotado pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Uma série de convenções, acordos e protocolos foram firmados durante a conferência, o mais importante deles, a chamada Agenda 21, comprometia as nações signatárias a adotar métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Como suporte financeiro, foi criado o Fundo para o Meio Ambiente. Os debates foram base, inclusive, para a criação, em 1997, do Protocolo de Kyoto, resolução de vários países que visava reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

 

Conferência Rio+20

A Conferência Rio+20 teve como objetivo reforçar aos compromissos de sustentabilidade e para isso foram escolhidos dois temas centrais: a economia verde, com um novo modelo de produção que agrida menos o meio ambiente, e a governança internacional, que indicará estruturas para alcançar este futuro desejado.

Apesar da grande presença de líderes mundiais, chefes de estado e ambientalistas, os resultados da Rio+20 foram muito criticados, principalmente pelos ambientalistas, pela falta de decisões concretas para o desenvolvimento sustentável, com diversas questões abordando superficialmente ou jogando para frente decisões sobre acordos e novas políticas.

A crise econômica vivida principalmente pelos Estados Unidos e Europa, no momento da Conferência, foi considerada um dos grandes entraves para a tomada de decisões, uma vez que os países se encontravam preocupados com os rumos da economia, deixando de lado a discussão ambiental. Apesar disso, traçando um paralelo entre a Rio-92 e o que se viu na Rio+20, é inquestionável pelo menos um grande avanço: o conceito de desenvolvimento sustentável foi ampliado, deixando de abarcar apenas questões relacionadas ao meio ambiente. Sustentabilidade, a partir da Rio+20, passa a incluir de forma incisiva e essencial os aspectos sociais, ressaltando a urgência do esforço conjunto para a melhoria da qualidade de vida e a erradicação da pobreza, colocando o ser humano no centro das preocupações.

 

Sustentabilidade

O termo sustentabilidade surgiu como um conceito na década de 1980 por Lester Brown, que foi o fundador do Wordwatch Institute. Um termo que é muito atrelado a sustentabilidade é o de desenvolvimento sustentável, que foi disseminado e utilizado pela primeira vez em 1983, por ocasião da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU. Presidida pela primeira-ministra da Noruega da época, Gro Harlem Brudtland, esse grupo propôs que o desenvolvimento econômico fosse integrado à questão ambiental. Esse termo, desenvolvimento sustentável, tem a seguinte definição: atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de prover suas próprias demandas. Já sustentabilidade seria a capacidade que um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral, tem de manter-se inserido num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse meio. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.