Exclusivo para alunos

Bem-vindo ao Descomplica

Quer assistir este, e todo conteúdo do Descomplica para se preparar para o Enem e outros vestibulares?

Saber mais

Chuva de monções

O professor Claudio Hansen fala sobre os fenômenos climáticos. Confira!

El Niño

Consequências do El Niño no Brasil e a La niña

Formação de desertos

Ciclones e tornados

Clima tropical de monções

Como em qualquer clima tropical, existem duas estações bem definidas, uma estação seca e outra chuvosa. O clima tropical de monções diferencia-se no sentido de levar essa condição aos extremos, apresentando um clima superúmido no verão e uma seca severa no inverno. São dois os fatores climáticos principais que influenciam esse fenômeno: a continentalidade/maritimidade e as massas de ar. Resumidamente, são ventos periódicos cuja variação ocorre de uma estação (verão) para outra (inverno).

Monções de inverno: ventos secos originados do continente (alta pressão) em direção ao mar (baixa pressão), pois o continente perde calor durante o inverno formando uma célula de alta pressão sobre essa região.

 

Adaptado de ALMEIDA, L. M. A. de.  Fronteiras da globalização.

 

Monções de verão: ventos úmidos originados do oceano (alta pressão) em direção ao continente (baixa pressão), pois o continente se aquece mais rapidamente durante o verão formando uma célula de baixa pressão sobre essa região.

 

Adaptado de ALMEIDA, L. M. A. de.  Fronteiras da globalização.

  

El Niño e La Niña

Esses dois fenômenos são indissociáveis. Primeiramente, antes de estudá-los, é importante compreender a situação normal na região do Pacífico Equatorial. Nessa área, ventos alísios fortes empurram as águas superficiais quentes do Pacífico no sentido da Oceania, aumentando a precipitação nesse continente. Na porção oeste da América do Sul, o fenômeno da ressurgência disponibiliza maior quantidade de nutrientes nas águas superficiais, atraindo peixes e pescadores.

Nos anos de El Niño, esses ventos alísios enfraquecem (motivo desconhecido) e as águas quentes superficiais acumulam-se ao longo do Pacífico Equatorial, por isso, é comumente referenciado como aquecimento superficial das águas do Pacífico Equatorial. Isso altera a dinâmica climática intertropical e força uma maior precipitação sobre a costa oeste da América do Sul. Nos anos de La Niña, ocorre o inverso, os ventos alísios sopram com mais intensidade, aumentando as chuvas e tempestades na Oceania e ampliando o fenômeno da ressurgência na costa oeste da América do Sul.

 

Variação da temperatura no Oceano Pacífico  

 

Adaptado de Giovanna Gomes/Ed. Globo

 

Impactos do El Niño no Brasil e no mundo 

 

Fonte: http://enos.cptec.inpe.br

 

Impactos da La Niña no Brasil e no mundo 

 

Fonte: http://enos.cptec.inpe.br

 

Formação de desertos

Os desertos são áreas extremamente secas, isto é, áreas áridas ou semiáridas. Essa ausência de água (regulador térmico) faz com que a amplitude térmica seja muito elevada. São alguns desertos famosos: Saara (Norte da África), Kalahari (África do Sul), Atacama (Chile), Gobi (China) e Antártida.

O processo de formação da maior parte desses desertos está associado aos ventos contra-alísios (frios e secos), que criam áreas de alta pressão próximo aos trópicos nas faixas de latitude de 30°C. Essa região é denominada faixa dos desertos e impede a chegada de ventos úmidos, criando assim essas áreas áridas e semiáridas. É importante destacar o papel de dois elementos, as correntes marítimas frias e o relevo, na formação desses desertos. O primeiro ao diminuir a evaporação ou forçar a precipitação sobre o oceano, e o segundo ao criar uma barreira orográfica formando uma vertente seca (sotavento).

  

Ciclones e tornados

Todos esses fenômenos remetem ao movimento de ar giratório ascendente. Correspondem a células de baixa pressão atmosférica que formam rápidos movimentos de subida do ar quente.

Ciclones tropicais: são sistemas de baixa pressão cujos ventos atingem velocidade superior a 118 km/h. Formam-se em áreas tropicais e possuem grande calor em seu núcleo. Os furacões formam-se no Oceano Atlântico e leste do Pacífico, e os tufões formam-se nos Oceanos Pacífico e Índico. São nomes regionais para o mesmo fenômeno. Uma condição fundamental para sua formação são as águas aquecidas dos oceanos, com temperaturas superiores a 26,5° C. São enormes tempestades, possíveis de serem visualizadas por satélites. Quando essas tempestades atingem o continente, elas perdem sua força.

 

 

Foto: AFP

 

Ciclones extratropicais: ocorrem em áreas de latitude média e possuem baixo calor em seu núcleo. Apenas esse tipo de ciclone associa-se com uma formação de frente fria, que interage com o ar quente ascendente.

 

 

Tornado: assim como o ciclone, é um movimento de ar giratório ascendente, todavia em uma área muito menor e com mais intensidade. Sabe aquele funil que estamos acostumados a ver em filmes e que encosta no chão causando grande destruição? Então, esses são os tornados. São mais concentrados e podem ser vistos claramente a olho nu. Seu diâmetro não passa de 2 km e apresenta por característica ter baixa duração. Formam-se no continente, e não no oceano.

 

 

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/