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Massas do Brasil

Neste vídeo, com a ajuda do professor Claudio Hansen, iremos aprender a classificar as massas de ar que atuam no Brasil.

Dinâmica das massas no Brasil

Climas brasileiros: equatorial, tropical úmido e sub

Climas brasileiros: tropical continental, altitude, semi-árido

As massas de ar são grandes porções de ar que apresentam a temperatura e a umidade da região onde se originaram e que se deslocam em razão da diferença de pressão; assim, transferem estas características para os tipos de clima dos locais por onde passam, pois, ao interagirem com outras massas de ar, ocorre a troca de calor e umidade. De forma geral, as massas são caracterizadas como:

  • oceânicas são úmidas e as continentais são secas;
  • as tropicais e as equatoriais são quentes, e as temperadas e polares são frias.

O Brasil sofre influência das massas de ar tanto continentais, quanto oceânicas, já que possui um extenso litoral de mais de 7 mil quilômetros. As massas de ar que influenciam o clima brasileiro são:


 

  • mEc - Massa equatorial continental

Essa massa se origina na região do equador, no continente. A massa de ar equatorial acontece pela presença da Amazônia, que transporta umidade para outras regiões por meio de um enorme sistema de fluxo de água. As árvores da floresta amazônica podem ter raízes e troncos de muitos metros, possibilitando uma intensa troca atmosférica. A evapotranspiração da floresta é muito intensa a ponto de formar os ditos rios voadores que transportam umidade com as massas de ar para outras regiões não só do Brasil. É considerada uma massa de ar quente pela sua origem e atua fortemente no Norte, centro-oeste e influencia o Sudeste durante o verão. No inverno, com a redução da evaporação da água, essa massa de ar se manifesta em menor área.

 

  • mEa - Massa equatorial atlântica

Essa massa de ar se origina na região do equador e é oceânica. Tem origem do equador e é uma massa oceânica, trazendo as características do seu local de origem. Ela colabora para formação dos ventos alísios de nordeste. Os ventos alísios são constantes e úmidos e ocorrem em zonas subtropicais e tendem a gerar chuvas. Para a precipitação, dependem de baixa pressão atmosférica para ocorrerem. Isso quer dizer que se a pressão é baixa é porque as massas de ar podem subir, condensando e formando nuvens e chuva. O ar quente é menos denso que o ar frio, tendendo a subir enquanto o frio tende a descer. A movimentação das massas de ar ocorre pela diferença de pressão atmosférica.

 

  • mTc - Massa tropical continental

Essa massa se origina na região dos trópicos, abaixo do equador, e é continental. Essa massa continental se origina nas regiões entre Bolívia, Paraguai e Argentina e é seca e quente. Sua atuação se dá no centro-oeste podendo atingir parte do sul e sudeste. No inverno, essa massa de ar pode servir de barreira a massas de ar mais frias.

 

  • mTa - Massa tropical atlântica

Essa massa se origina na região dos trópicos e é oceânica.  Ela atua em todo litoral brasileiro, quente e úmida e se origina no atlântico sul, formando os ventos alísios de sudeste. É responsável pelas chuvas frontais no Nordeste durante o inverno e chuvas orográficas nas serras com elevada altitude como no Sudeste.

 

  • mPa - Massa polar atlântica

Essa massa sai do polo sul, se origina no sul da argentina e é fria e úmida. É responsável pela neve no Sul no país. A interação dela com a mTa formam chuvas no Nordeste. Essa massa pode causar também quedas de temperatura na Amazônia.


 

Célula de pressão atmosférica – dinâmica de circulação dos ventos

Podemos imaginar o planeta como um globo, onde a parte com maior incidência solar é o equador, e a que pega menos sol durante o ano são os polos. Sabemos que as massas de ar fria tendem a descer, são mais densas, por isso o ar condicionado é usualmente instalado no alto da parede. As massas de ar quente por sua vez tendem a subir. Um chão branco por exemplo, reflete muito a luz solar. Os gases que saem dos carros se acumulam acima da atmosfera urbana, fenômeno que pode ser notado no fim da tarde nas cidades. Chamamos de baixa pressão então as massas de ar quente e úmidas que tendem a subir podendo formar nuvens e precipitação devido a condensação das moléculas de água que evaporam e sobem com o calor. As massas de ar frias e secas descem na atmosfera, por isso são chamadas de alta pressão. Alta pressão é uma massa de ar densa, fria e seca, que desce, e baixa pressão o oposto, massa de ar quente e úmida que sobe, podendo causar nuvens e chuva. A alta pressão desce empurrando o ar quente para o lado e o fazendo subir na sequência. Por isso chamamos de diferença de pressão. O vento é a movimentação das moléculas de ar que ocorrem pela rotação da terra e pela diferença de temperatura e pressão entre as massas de ar. Pensando nas linhas imaginarias que dividem o planeta fica fácil de entender toda a circulação atmosférica e as massas de ar.  No equador é quente, baixa pressão, logo ao lado mais frio, alta pressão, e assim sucessivamente. Essa explicação está numa macro escala, uma vez que a diferença de temperatura em diferentes áreas do polo sul, por exemplo, pode gerar pequenas células de alta e baixa pressão pela diferença de temperatura nos centros das geleiras e nas bordas. Tudo isso ocorre num fenômeno dinâmico e global influenciado por alguns fatores. No equador é onde ocorre a ZCIT – zona de convergência intertropical por convergirem ventos originários do sul e do norte do planeta.