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Geologia e Geomorfologia do Sudeste

Aula sobre geologia e geomorfologia do sudeste. Confira!

Clima do Sudeste

Vegetação do Sudeste

Recursos Minerais do Sudeste

Indústrias do Sudeste

Características Gerais

As regiões sul e sudeste são conhecidas por concentrarem renda e bons índices de desenvolvimento ao longo das últimas décadas. Isso ocorreu historicamente, no caso do sudeste, pela concentração da plantação de café no litoral, sobretudo no eixo entre Rio de Janeiro e São Paulo, que fez com que esses lugares fossem berço do investimento industrial urbano e assim concentrasse as grandes metrópoles brasileiras, mantendo também os maiores índices de concentração populacional do país.

Geologia e Geomorfologia

A geologia fala sobre a estrutura da composição do relevo, enquanto a geomorgologia discute o formato, que é diretamente influenciado pelo tipo de estrato rochoso e clima do local, que proporcionam maiores ou menores índices de intemperismo e erosão.

   

Podemos dividir a classificação do relevo do sudeste em 3 grandes partes, focando no que é central em cada uma dessas regiões;

  • Região Litorânea; predomínio de Planícies Sedimentares, em função do escoamento de sedimentos que vem das serras.
  • Região Central; predomínio de Escudos ou Planaltos Cristalinos, a exemplo da Serra do Mar, da Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, Serra do Espinhaço.. o que o geografo Aziz Ab’Saber denominou como Mares de Morros.
  • Oeste Paulista Minas; predomínio de Planaltos Sedimentares, a exemplo da Bacia Sedimentar do Paraná, onde pode-se ser encontrado grande parte do Aquífero Guarani, o maior em extensão, e segundo maior em volume de água do Brasil, perdendo apenas para o Aquífero Alter do Chão, que fica na região Amazônica.
  • Lembre-se que: Aquíferos são formações geológicas específicas que permitem a infitração e o armazenamento de grande volume de água em subsuperfície ao longo do tempo.

 

Você pode conferir a classificação e explicação sobre o que são os relevos chamaos de: Planalto, Planícies e Depressões, clicando aqui.

 

Fonte: @arvoreagua

 

Clima do Sudeste

De modo geral, é possível afirmar que as características físicas de relevo, altitude, clima e vegetação são profundamente interligadas. Para estudar a climatologia da região sudeste do Brasil, vamos dividir também em três principais climas, que acompanham a estratigrafia geomorfológica.

Primeiramente, ressaltando que sempre teremos um clima tropical, aquele, com estações bem definidas, num verão chuvoso e um inverno seco. A sazonalidade climática é sua principal característica. Vamos então as especificidades.

 

  • Oeste Paulista e Minas Gerais predomínio do clima Tropical típico, que mantêm com fidelidade as características originais de um clima tipicamente tropical.
  • Serras e Planaltos do Leste Sudeste (Região Central); Tropical de Altitude – com menores médias térmicas, em função do ar mais rarefeito nas altitudes serranas não armazenar tanto calor.
  • Planícies e Terras Baixas Costeiras - clima Tropical Litorâneo, que se caracteriza por ter maiores temperaturas e índices pluviométricos, em função de sua proximidade oceânica, concentrando maior umidade. As serras fazem uma barreira orográfica para a chuva nesse caso, tornando as vertentes leste do relevo mais umidas e com maiores índices pluviométricos que as vertentes voltadas a oeste.

 

Vegetação

Como dito, as características físicas, de relevo, altitude, clima e vegetação, são profundamente interligadas. Na região sudeste, contamos com dois biomas principais, e um pouco do bioma da caatinga no norte de Minas Gerais. Na parte oeste da região, podemos encontrar a vegetação do bioma cerrado, com arbustos de pequeno porte, herbaceas e árvores com troncos retorcidos. Já na parte central e leste, temos o bioma da Mata atlântica, que se caracteriza como uma vegetação de maior porte e latifoliada. Tanto a Mata Atlântica, quanto o Cerrado são considerados hotspots brasileiros. No bom português significa “pontos quentes” por serem biomas de grande biodiversidade mas ameaçados de extinção. É importante destacar também a vegetação litorânea, e o papel dos mangues, regiões de encontro da água doce com água salgada, que são verdadeiros filtros sedimentares, e também funcionam como berçarios marinhos, apesar de ser um tipo de vegetação estigmatizada e no geral bem mal cuidada. É claro, ainda que, o avanço do desmatamento pela urbanização concentrada no litoral faz a mata atlântica ser o bioma mais desmatado historicamente no Brasil.

 

Fonte: http://geoconceicao.blogspot.com/2010/06/mata-atlantica.html

  

Recursos Minerais

É importante lembrar que os recursos minerais estão bem relacionados a geologia local. Nas bacias sedimentares, podemos encontrar os combustíveis fósseis como carvão mineral, petróleo, xisto e gás natural. Já nos escudos cristalinos ou maciços antigos ou ainda planaltos cristalinos é onde podemos achar os minerais metálicos como ferro, ouro, cobre e zinco. Vamos dividir então em recursos minerais fósseis e metálicos.

 

Fósseis

Destaque ao litoral do Rio de Janeiro, sobretudo a Bacia de Campos onde temos petróleo em abundância. Essa produção é voltada para exportação, por se tratar de um petróleo pesado, bruto, de dificil refino. Assim, vendemos esse petróleo bruto e importamos o mais leve, mais adequado para nossas refinarias. Também não podemos deixar de citar a Bacia de Santos, onde tem o famoso pré sal, há 7000m de profundidade. Esse petróleo encontrado é de alta qualidade e a Petrobrás é bem prestigiada pelo seu serviço de extração de gás e petróleo do pré sal.

 

Metálicos

Importante destaque ao Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais maior e mais antiga exploração de ferro do Brasil. Essa produção se destina tanto para mercado externo com destaque aos fluxos em direção ao Porto de Tubarão no Espirito Santo, quanto para consumo interno, com destaque as indústrias no próprio sudeste como a Companhia Siderurgica Nacional (CSN) de Volta Redonda (RJ) e a Companhia Siderúrgica Paulista (COSIPA) em Cubatão.

 

Indústria

Sudeste concentra em seu território aproximadamente 50% de toda a indústria nacional. Foi a região pioneira, com destaque a São Paulo. Isto ocorreu por conta da economia do café, que floresceu um grande mercado consumidor, infraestrutura de escoamento, sistema de comunicação, elite consolidada, acumulação de capital, então favorecia a instalação de infraestrutura industrial no período de substituição de importação de Vargas. Sobre as características dessas indústrias, temos a grande marca de ser a maior diversidade produtiva. Possui desde Indústrias de base, quanto de bens duráveis e não duráveis.

Também concentra os tecnopolos brasileiros. Lembrando que, teconopólos são regiões com produção de conhecimento voltado para aplicação industrial. Com isso devemos destaque a São Jose dos Campos, com o ITA e a região de Campinas com a UNICAMP, beneficiando a industria de informatica e a própria Embraer.

Outra marca recorrente que ocorre no sudeste é a ideia de desconcentração industrial. Isto porque, o inchaço dessa região aprofundou as rugosidades, ou dificuldades, como a macrocefalia urbana, o altíssimo valor da terra, problemas com trânsito e violência urbana, sobretudo nas principais metrópoles e regiões centrais. Com isso, passou a ser mais vantajoso instalar ou transferir indústrias brutas para a região metropolitana, em cidades proximas que precisam de investimento, podendo aproveitar da infraestrutura de transportes e comunicação aos principais portos e a metrópole. As cidades pequenas e médias do entorno das grandes metrópoles iniciam um processo que ficou conhecido como guerra fiscal ou guerra dos lugares, onde os municipios cedem isenções fiscais gigantescas para atrair o investimento industrial, gerando emprego e desenvolvimento urbano nessas cidades.