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O que é alegoria?

Acompanhe a aula sobre Platão.

A alegoria da caverna

Metáfora do filósofo

Teoria das ideias

Importância da alegoria

Platão: mito da caverna

Para ilustrar o dualismo de sua famosa teoria das ideias, isto é, a sua concepção de que a realidade se divide em mundo sensível e mundo inteligível, Platão recorre a uma alegoria, a alegoria da caverna. Embora seja mais conhecida como mito da caverna, a alegoria de Platão se diferencia das narrativas míticas em alguns aspectos. Entende-se por alegoria o modo de expressão ou interpretação que consiste em representar pensamentos e ideias sob a forma figurada. Em filosofia, a alegoria consiste em um método de interpretação, aplicado pelos pensadores gregos, por meio do qual se pretendia descobrir ou explicar as concepções filosóficas. Além disso, a alegoria da caverna não apresenta uma característica comum aos mitos, qual seja, a presença de seres mitológicos, como deuses, titãs, ninfas etc. Toda a narrativa platônica é composta unicamente por seres humanos.

Alegoria (mito) da caverna

Platão inicia narrando um cenário onde homens estão presos numa caverna desde pequenos. Acorrentados, eles não conseguem ver a saída da carverna, pois seus rostos estão voltados para a parte interna. Atrás deles há uma fogueira, cuja luz projeta as sombras das pessoas passam, do lado de fora, nas paredes da caverna. Essa é toda a realidade que os prisioneiros conhecem.

No entanto, um deles se liberta e percebe que o que viu a vinda inteira são meras sombras e que existe algo além, uma realidade superior que guarda a verdade. Ao tentar sair da caverna o prisioneiro tem dificuldades, pois a abundância de luz o incomoda. Adaptado à nova condição, ele agora pode contemplar a realidade tal qual é, e não apenas por um reflexo. Sentindo um compromisso de ajudar seus antigos companheiros de prisão, o agora homem liberto retorna à caverna, revelando a todos a verdade sobre o mundo.

Entretanto, acostumados com a situação em que vivem, esses homens caçoam da ideia absurda de sair da caverna. Caso o prisioneiro liberto insista, chegará ao ponto em que, por considerá-lo louco, os prisioneiros o matarão. Assim, Platão estabelece a diferença entre mundo sensível e mundo inteligível. O primeiro, diz respeito àquilo que percebemos por meio dos sentidos e corresponde à realidade no interior da caverna, sendo portanto mutável e imperfeito; o segundo, diz respeito às ideias apreendidas por meio da racionalidade e corresponde à realidade do mundo fora da caverna, sendo portanto eterno e perfeito. É dele que todas as ideias derivam, sobretudo a ideia do bem.