A redação é um dos setores mais importantes da prova do Enem, sabia? Isso porque, se você zerar a sua nota ali, é desclassificado e perde a chance de estudar em universidades que são referência.
Por outro lado, tirar nota 1000 na redação do Enem é um desafio para muitos, mas é possível conseguir isso!
Fazer “o texto incrível” não será um bicho de sete cabeças se você se dedicar. E é pra isso que estamos aqui: pra te ajudar a estruturar introdução, desenvolvimento e conclusão.
Além disso, você também vai conhecer vários modelos de redação prontos pra se inspirar e aprimorar suas habilidades!
Como fazer uma redação para o Enem nota 1000
Antes de mais nada, é importante entender qual é o modelo de redação do Enem. Isso porque os avaliadores consideram alguns aspectos antes de darem a sua nota.
Confira as 5 competências de uma redação nota 1000:
- Domínio da norma culta da Língua Portuguesa;
- Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceito de várias áreas do conhecimento pra desenvolver o tema, dentro da estrutura do texto dissertativo-argumentativo;
- Seleção, relacionamento, organização e interpretação das informações e argumentos em defesa de um ponto de vista;
- Demonstração de conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários pra construir a argumentação;
- Elaboração de proposta de intervenção pro problema abordado, respeitando os direitos humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Cada uma das competências vale até 200 pontos na sua redação. Como se trata de um texto argumentativo, não basta escrever bem.
Ainda, é necessário articular as suas ideias e mostrar que você consegue sustentar os seus argumentos e relacioná-los com seus conhecimentos.
Um passo a passo simples para tirar nota 1000 na redação do Enem é o seguinte:
- Leia o tema com atenção;
- Após compreender o enunciado, prepare o seu rascunho;
- Pense nos argumentos que vai utilizar e nas propostas de intervenção;
- Comece com a Introdução, em um parágrafo;
- Use de dois a três parágrafos para o Desenvolvimento;
- Finalize com a Conclusão, apresentando uma proposta de intervenção de um parágrafo.
Veja algumas citações para redação que são coringas para você usar no seu texto!
Tema de redação Enem 2022
A redação do Enem 2022 propôs o tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.
O aluno precisava entender que, entre os povos tradicionais brasileiros, enquadram-se indígenas, quilombolas, as comunidades tradicionais de matriz africana ou de terreiro, os extrativistas, os ribeirinhos, os caboclos, os pescadores artesanais e os pomeranos, por exemplo.
Por meio do texto de apoio, o candidato tinha uma indicação do melhor caminho, que deveria incluir ao menos dois desafios de valorização desses grupos, como pedia o tema.
Modelo de redação Enem 2022
Confira o exemplo de redação nota 1000 do Enem 2022:
O artigo 5º da Constituição Federal Brasileira – denominada cidadã – estabelece que todos são iguais perante a lei, garantindo a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. No entanto, essa garantia fundamental não é efetivamente assegurada para as comunidades e povos tradicionais do Brasil, dado que há um histórico apagamento dessas coletividades. Nesse sentido, nota-se que há desafios para garantir a importância deles, devido ao descuido com a cultura nativa e à destruição de terras ribeirinhas.
Diante desse cenário, cabe destacar a não valorização dos povos tradicionais como um desafio a ser combatido. Durante os preparativos para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos – sediados no Brasil –, os indígenas da Aldeia Maracanã, que já haviam sido expulsos do antigo Museu do Índio, foram novamente retirados de seus espaços. De acordo com o sociólogo francês Pierre Bourdieu, esses acontecimentos exemplificam o conceito de “violência simbólica”, de modo que se configuram como um ataque psicológico a eles, pois não possuem mais seu território garantido. Assim, a exigência de espaços sagrados para a utilização em eventos midiáticos perpetua um desrespeito à tradição autóctone.
Além disso, outros fatores que corroboram a depreciação dos povos tradicionais são os constantes crimes ambientais. Os povos ribeirinhos são aqueles que residem nas proximidades dos rios e possuem a pesca artesanal como a principal atividade de sobrevivência. Por outro lado, a subsistência dessas populações tem sido prejudicada devido ao garimpo ilegal, muito recorrente nas terras brasileiras, que contamina não só a água, mas também o solo e o ar. Esse fato, então, vai de encontro ao direito fundamental estabelecido pela Constituição Cidadã, de modo que eles não possuem suas garantias à vida efetivamente seguras.
Fica evidente, portanto, que as comunidades e os povos tradicionais no Brasil devem ser valorizados na sociedade. Para isso, é importante que o Ministério do Meio Ambiente – órgão responsável pela política ambiental – assegure o cumprimento das leis destinadas à proteção do ecossistema. Essa ação deve ser feita por meio da fiscalização do garimpo ilegal e efetiva extinção dessa prática depredatória, para que o povo ribeirinho tenha sua sobrevivência garantida. É importante, também, valorizar a cultura da população indígena, de modo que o mercado não tenha mais controle sobre suas terras, para que, enfim, as garantias fundamentais sejam colocadas em prática.
Modelo de redação pronta Enem 1
Os obstáculos na doação de sangue no Brasil
Um simples auxílio pode transformar e salvar várias vidas. Como aconteceu após o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco em Mariana. Centenas de pessoas se prontificaram a enviar água e mantimentos aqueles que perderam tudo com o desastre ambiental. Várias campanhas de arrecadação surgiram no Brasil e até mesmo a banda americana Pearl Jam se solidarizou e participou contribuindo financeiramente. Em outros casos, há empecilhos que dificultam o processo de ser solidário, como acontece em relação a doação de sangue no nosso país.
A falta de informação corrobora para o desconhecimento sobre a importância de doar sangue. As campanhas publicitárias não são frequentes, sem uma maior divulgação à população, o número de doadores faz-se menor do que a real demanda. No estado da Bahia, por exemplo, nos meses de fevereiro e junho, há grande concentração de eventos, como o Carnaval e as Festas Juninas, maior ingestão de bebidas alcoólicas e motoristas embriagados, o que faz com que os acidentes no trânsito aumentem. Ainda, a exposição deste problema pelos meios de comunicação e o incentivo a novos doadores são escassos.
A doação de sangue feita por homens homossexuais é marcada por obstáculos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, até o final da década de 90 os cidadãos que tinham relações homoafetivas eram o “grupo de risco”, nos anos 80, houve o auge da epidemia do vírus da HIV. Neste sentido, o Brasil excluiu a doação de homossexuais que tinham realizado sexo até o prazo de 12 meses. A orientação sexual não poderia nem deveria ser o critério de seleção, mas sim a condição de saúde dos indivíduos, uma vez que a Aids também é transmitida por heterossexuais. A partir desse raciocínio, considera-se, o “comportamento/conduta de risco” na triagem de possíveis doadores.
Deve-se superar as barreiras que interferem na doação de sangue. Portanto, a mídia tem papel imprescindível na exposição de dados informativos sobre as campanhas de sangue, seja na televisão e internet, seja em áreas físicas, como outdoors. Dessa forma, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidariedade. Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deveria investir em aparatos tecnológicos que controlem com maior rigor os grupos sanguíneos, para avaliar se o indivíduo é portador de alguma doença e averiguar a qualidade do sangue. Dessa forma, o número de voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de transfusão sanguínea.
Modelo de redação pronta Enem 2
Violência escolar no Brasil
A escola é, sobretudo, um local dedicado completamente à educação dos jovens. Porém, a cada dia tem se tornado, também, um palco de intolerância e violência. Esse não é um problema novo. Há muito tempo essas instituições deixaram de ser portos seguros. O que antes era tratado como uma questão disciplinar, atualmente é vista como delinquência juvenil, chegando próximo à criminalidade. Por isso, é fundamental que os próprios locais de ensino e as famílias dos jovens se façam, intensamente, presentes na vida do aluno.
Em primeiro lugar, é importante destacar de que forma esse tipo de violência se propaga em um meio tão estranho à sua existência. Apesar da proibição, por lei, do uso de celulares em sala de aula, a presença exagerada desses meios nos colégios pode ser um agravador nos atos violentos. Hoje, essa é uma das questões mais polêmicas.
Talvez o aparelho seja um dos maiores disseminadores dos atos de violência escolar no Brasil, já que com ele é possível gravar e propagar brigas, além de incentivar intrigas e rachas dentro de sala, até mesmo na questão do cyberbullying.
Outro fator determinante para a violência nas escolas é a segurança que o aluno sente nesse ambiente. Se identificar com os professores, se sentir amparado e manter boas relações com os colegas é primordial para que isso não ocorra. Muitas vezes, o distanciamento criado entre aquele que dá aula e o que a vê pode alimentar essa agressividade, além da ideia de concorrência, investimento de muitos colégios.
Atualmente, são inúmeros os casos de estudantes violentando seus mestres, seus próprios colegas e até destruindo o patrimônio escolar – seja ele público ou privado -, o que pode ser reflexo direto dessa falta de proximidade entre o aluno e o ambiente em que está – ou deveria estar – inserido.
Torna-se evidente, portanto, que a violência escolar no Brasil, tem causas e consequências graves, sendo necessário que medidas urgentes sejam pensadas a fim de minimizar ou até resolver esse problema. Dessa maneira, para a retração desse cenário, pode-se pensar em uma redefinição das regras do uso de aparelhos celulares em sala, por parte da escola e, também, em uma conversa com os próprios pais.
Além disso, é fundamental a orientação, da família, das instituições e dos próprios alunos, por especialistas em psicologia escolar. A psicopedagogia pode ser utilizada para que os estudantes se sintam à vontade com o diálogo, com a construção de relações de empatia para com seus colegas e com o ambiente em que passam a maior parte do seu tempo. Só assim, revendo regras e debatendo ideias, será possível fazer do ambiente escolar um verdadeiro aprendizado para a vida em sociedade e não um propagador de atitudes violentas.
Modelo de redação pronta Enem 3
Tratamento das doenças psíquicas no Brasil
O filme “Nise – No coração da loucura” conta a história da médica Nise da Silveira que revolucionou a história da psiquiatria brasileira, uma vez que propôs novas técnicas para tratar internos e se recusou a usar eletrochoques e camisas de força nos pacientes. Estes tratamentos representavam a forma como os doentes mentais estavam à margem da sociedade e os preconceitos em torno dessas enfermidades. No entanto, por mais que a alagoana tenha proporcionado o debate sobre essa questão, estigmas relacionados às doenças mentais ainda persistem na sociedade brasileira.
Diante desse cenário, vale ressaltar que o preconceito é um obstáculo para o tratamento das doenças psíquicas no país. De acordo com o pensamento do filósofo Byung-Chul Han, a atual“Sociedade do Cansaço” presa pelo excesso de produtividade em relação às mais diversas atividades cotidianas, como por exemplo, no trabalho e nos estudos, motivados também pela exposição desses rendimentos nas redes sociais. Consequentemente, os cuidados com a saúde mental ficam em segundo plano visto que a procura de psiquiatras e psicólogos seria um desprestígio em relação ao desempenho insatisfatório perante o corpo social.
Além disso, a falta de investimentos em políticas públicas destinadas à saúde mental do brasileiro prejudica os pacientes. Segundo uma pesquisa realizada pela Organização Mundial deSaúde, o Brasil é o país com as maiores taxas de pessoas com transtornos de ansiedade e casos de depressão. No entanto, há poucos programas destinados ao cuidado emocional dos pacientes e, com a pandemia do coronavírus, episódios de transtornos mentais que estavam latentes, desenvolveram-se pelas incertezas advindas do isolamento social. Nesse sentido, criou-se ainda mais a necessidade de atendimento específico para cuidar do psicológico das pessoas.
Fica evidente, portanto, que as doenças mentais não podem mais ser negligenciadas na sociedade brasileira. É necessário, então, que o Ministério da Saúde, por ser responsável pela administração da saúde do país, ofereça acolhimento psicológico aos cidadãos, por meio da criação de programas voltados para essa área no Sistema Único de Saúde, com o objetivo de fornecer acompanhamento adequado a esses casos e diminuir os índices informados pela OMS.Além disso, é necessário que as escolas e as empresas forneçam aos estudantes e aos funcionários apoio à saúde mental de seus integrantes. Dessa maneira, espera-se, efetivamente, fortalecer as práticas de Nise da Silveira.
Modelo de redação pronta Enem 4
Saúde mental no Brasil
Na obra “O Alienista”, Machado de Assis retrata a história do renomado médico, Simão Bacamarte, e sua criação: um manicômio para tratar os entendidos como “loucos”. Mesmo com sucesso inicialmente, quase toda a população de Itaguaí fora internada por seu falso julgamento sobre a loucura, o que levou acidade ao desespero. Embora seja uma ficção do século XIX, a atualidade brasileira ainda se vê nesse cenário de estigmas sobre as doenças mentais, uma vez que o estilo de padronização social, atrelado à insuficiência de políticas públicas, acentuam a falta de informação sobre o tema.
Primeiramente, é notório que o contexto atual é um dos principais motivos para o preconceito sobre doenças psicossociais. Vive-se, de acordo com o escritor Guy Debord, em um período de espetacularização social, em que as imagens ultrapassam e dominam a realidade do ser humano, cegando-o da diversidade existente. Como exemplo, nos dias de hoje, é exigido padrões de beleza, sucessos financeiros e grandes conquistas, não tendo espaço para os problemas individuais e cotidianos. Isso, junto com as necessidades pós-modernas de produtividade, corrobora para a marginalização de temas como saúde mental, que não só precisam de cuidado e atenção, mas também explicitam a temida vulnerabilidade natural
Ademais, é importante ressaltar que a insuficiência de políticas públicas auxilia a desinformação sobre o assunto e não ampara quem sofre com o problema. De acordo com o artigo 196 da ConstituiçãoFederal, a saúde é um direito de todos e é um dever do Estado. No entanto, além de não haver Centros deApoio Psicossocial na maioria dos municípios do país, os números são ainda menores quanto à distribuição de Serviços Residenciais Terapêuticos, destinados às pessoas com transtornos mentais. Excluído de uma sociedade de imagens, quem sofre é ainda mais marginalizado quando lhe faltam oportunidades para compreender a si mesmo e suas questões psicológicas, aumentando o preconceito.
Assim, é possível compreender que os estigmas sobre as doenças mentais são reflexos de uma realidade que distancia o conhecimento sobre o problema. É necessário, então, que o Ministério da Saúde, órgão responsável pela organização e assistência à população, aumente as condições de tratamento aos que sofrem transtornos psicológicos e impulsione o conhecimento sobre as doenças. Isso deve ser feito por meio da ampliação de programas, como CAPS e SRT, além da promoção midiática sobre o tema. Somente combatendo o preconceito, as doenças psicossociais deixarão de ser uma “ilha perdida”, como menciona Bacarmarte, sendo compreendidas e amparadas por toda a população.
Modelo de redação pronta Enem 5
Relação entre saúde mental e trabalho
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há uma definição exata para saúde mental, contudo, de maneira abrangente, entende-se que o termo está relacionado à forma como um indivíduo reage às exigências, aos desafios e às mudanças da vida humana. Hodiernamente, a cultura da superprodutividade e as redes sociais maculam quem parece estar fora do padrão instituído como normal, causando, assim, dilemas psicossociais gravíssimos.
Em primeiro plano, diante de um contexto de exploração capitalista, em que o lucro é uma prerrogativa soberana, os homens se tornaram máquinas de trabalho e resultado, não sem consequências devastadoras.Para o filósofo sul coreano Byung-Chul Han, em seus títulos A Sociedade do Cansaço e A expulsão do Diferente, o ciclo vicioso da autoexploração e da padronização de condutas e costumes tem feito da onda de doenças mentais um tsunami.
Fica claro, portanto, o quanto o estigma de fraqueza e marginalização de quem não atende às expectativas do sistema social é perigoso. As redes sociais, com postagem de vidas perfeitas, pasteurizam o que significa ser feliz e equilibrado. O que cria um deserto de (des)ilusão para os que se veem desamparados em momentos ou em quadros de transtorno emocional, sendo taxados de inertes e improdutivos.
Por fim, faz-se primordial a discussão e a valorização da gestão emocional a partir da união de esforços do Ministério da Educação e da Saúde com medidas preventivas e paliativas. Nas escolas, dentro dos currículos, seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular, a partir da formação e preparação dos professores, devem ser fortalecidas as competências socioemocionais, promovendo dinâmicas e debates que autorizem o compartilhar das emoções, formando adultos mais preparados psicologicamente para o futuro. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) devem ser expandidos e equipados para, que cada vez mais, possam atender e apoiar o cidadão brasileiro que se vê desamparado na luta inglória de manter mente e corpo sãos na era digital.
Modelo de redação pronta Enem 6
Tema de redação sobre Inspiração
É possível afirmar que não há definição plenamente correta e completa para explicar de onde vem a inspiração. Há quem acredite que seja um sentimento proveniente do nosso inconsciente, que surge em momentos inesperados. Por outro lado, existem aqueles que admitem a necessidade como forma de inspiração. Nesse sentido, precisamos parar e pensar como isso se aplica em nossa rotina.
Esse sentimento que nos envolve e surge de maneira tão inesperada continua sendo um mistério para a humanidade. No entanto, ele é necessário em todos os momentos do nosso cotidiano. Até para levantar da cama e começar um novo dia, é preciso inspiração. Cada indivíduo procura buscá-la de diferentes maneiras. Há pessoas inspiradas pela natureza, outras, pela fé e religião. Um filme, um livro, uma conversa também podem ser fontes de inspiração. No geral, os que defendem esse sentimento como algo totalmente imprevisível acreditam que os cenários ideais como ponto de inspiração são aqueles que proporcionam sensações agradáveis.
Em contrapartida, há a ideia de que a inspiração não é algo totalmente inesperado, e nem deve ser encontrada somente a partir de sensações agradáveis. A necessidade, por exemplo, pode ser uma fonte de inspiração. Sabendo que a vida sem a lâmpada era muito difícil, a necessidade de luz elétrica fez com que Thomas Edison se inspirasse para criar um modelo que suprisse aquela carência. Recorrer a invenções antigas também é uma forma de recriar novos modelos, tanto tecnológicos quanto artísticos. Logo, todo gancho pode levar a uma grande ideia.
Fica claro, portanto, que a força mística por trás da inspiração, assim como a necessidade de determinados recursos, são, juntas, as fontes inspiradoras do ser humano. É possível fazer algo sem inspiração? Muitas vezes, não só é possível como é normal agirmos dessa maneira. No entanto, o resultado não é como gostaríamos. Se pudéssemos definir o que é inspiração, provavelmente esse sentimento deixaria de ser tão especial.
Modelo de redação pronta Enem 7
Modelo de Redação: A prática de bullying nas escolas do Brasil
A prática do bullying tem se tornado cada vez mais comum na sociedade, principalmente no ambiente escolar. Bullying significa intimidação e se refere a todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas adotadas por um ou mais alunos contra outro ou outros alunos. Muitas vezes o agressor pratica o bullying para se sentir realizado, para demonstrar o domínio, o poder que exerce sobre outros, e muitas vezes acaba se tornando um adulto agressivo e violento. O aluno que sofre o bullying – a vítima – se sente humilhado, rejeitado e rebaixado, podendo desenvolver quadros de depressão, dificuldade de relacionamento, entre outros problemas que podem levar ao suicídio. Em consequência, as pessoas que testemunham o bullying e não são vítimas nem agressoras acabam se sentindo culpadas por não ajudarem a vítima, além de intimidadas pelo agressor. É um problema que envolve toda a escola, incluindo os professores que presenciam o bullying e muitas vezes não são capacitados para lidar com isso.
Com o objetivo de prevenir e combater o bullying, o “Diário Oficial da União” publicou em 09/11/2015 um texto aprovado pela Câmara em 10/2015 e enviado para a sanção presidencial. Esse texto define o bullying como uma prática de atos de violência física ou psíquica exercidas intencionalmente e repetidas vezes por um ou mais indivíduo contra uma ou mais pessoas para intimidar ou agredir, causando angústia à vítima. O projeto aprovado pela Câmara determina a realização de capacitações dos docentes e das equipes pedagógicas para o desenvolvimento de ações de prevenção e solução do bullying, e também para apoiar e orientar os pais e familiares a identificarem as vítimas e saber como ajudá-las. Esse projeto pode ajudar muito na redução dos quadros de bullying em todo o país, porém necessita de professores dispostos a colocá-lo em prática. Além disso, necessita-se de uma abordagem melhor sobre o tema nas salas de aula, nas reuniões de pais e professores, nas igrejas, nas empresas, na televisão, internet e em todos os lugares possíveis de divulgação. Possivelmente o resultado não seja imediato, mas ao longo dos anos pode ocorrer uma redução do bullying nas escolas.
Vale lembrar que muitas vezes o bullying começa em casa, por isso torna-se tão importante a abordagem sobre o tema com os pais e familiares. Dentre as abordagens que podem ser realizadas nas escolas estão as atividades, brincadeiras, palestras, gincanas, projetos realizados com o objetivo de aproximar os alunos e reduzir as diferenças encontradas na convivência diária. Ressaltar a importância e os benefícios dos trabalhos em grupo, da aceitação de diferentes raças, sexos, crenças, etc, e o mais importante, evitar punições severas ao agressor, pois isso pode desencadear quadros piores de bullying. Sendo assim, observa-se a importância de um bom planejamento estratégico nas escolas, respeitando suas necessidades e particularidades, pois os ambientes escolares podem ser bem diferentes uns dos outros.
Modelo de redação pronta Enem 8
A melhor maneira de lidar com a dor da perda
Inúmeras situações na vida transmitem a ideia de um mal sem solução. Frequentemente, elas envolvem perdas ou grandes mudanças, como o fim de um relacionamento, a mudança de cidade, etc. No entanto, as situações mais dolorosas são aquelas relacionadas à morte de alguém. Apesar de os indivíduos sentirem e reagirem de formas diferentes, a dor de uma perda é, quase sempre, irreparável. Resta-nos saber qual a melhor maneira de lidar com a situação, a fim de superá-la.
Todas as pessoas passarão, inevitavelmente, por uma situação dolorosa. Ao lidar com uma perda, há quem prefira reprimir os sentimentos e fingir que está tudo bem. Outros, para fugir do emocional, tentam questionar razões, ou ainda são práticos, procurando, sempre, ocupar o tempo para não refletir sobre o que aconteceu. Porém, negar e mascarar a lástima não é o mesmo que eliminá-la. Encarar a dor não significa demonstrar fraqueza, mas sim o primeiro passo para superá-la.
Em contrapartida, há os indivíduos que optam por aceitar, desde o início, a circunstância dolorosa. É preciso entender que a perda é real e irreversível. Para isso, é importante conversar com outras pessoas, manter lembranças boas, enfrentar os sentimentos de culpa e revolta e, principalmente, não se isolar. Muitas vezes a ajuda profissional é a melhor alternativa, pois trabalha todos os passos para a superação.
Como enfrentarmos a perda? Este é um assunto que muitos tentam evitar, mas é algo que deve ser encarado. Fica claro, portanto, que negar o luto não é a melhor opção, sendo apenas uma forma de adiar o sofrimento. Aceitar e enfrentar, desde o primeiro momento, é o segredo para superar o luto e voltar a viver normalmente, guardando apenas as lembranças boas.
Modelo de redação pronta Enem 9
Os desafios no mercado de trabalho do Brasil contemporâneo
Crise econômica. Desigualdade social. Desemprego. Infelizmente, é nesse contexto em que, atualmente, vive o brasileiro. A dificuldade para ingressar no mercado de trabalho é uma problemática real, ocasionada por diferentes motivos – desde os desafios enfrentados pela situação econômica do país até os problemas enraizados na nossa sociedade, como o preconceito racial e de gênero, e má qualidade de educação.
Em primeiro lugar, é importante analisar o cenário econômico em que o Brasil se encontra. Qualquer indivíduo com a mínima noção do assunto é capaz de perceber os sinais de deterioração da economia brasileira e, também, entender como isso interfere na oferta de empregos. A partir do momento que o país se encontra em uma crise, acontecem as demissões em massa e os empregadores param de oferecer vagas. Dessa forma, aqueles que estão sem trabalho, principalmente os recém-formados, acabam recorrendo a subempregos.
Além disso, é importante ressaltar outros obstáculos que não fazem parte de uma situação passageira. É evidente que ainda vivemos em uma sociedade racista, e esse problema aparece, nitidamente, no mercado de trabalho. Não são dadas as mesmas oportunidades aos negros, como são aos brancos. Assim como o racismo, o machismo também está evidenciado nesse cenário, dificultando a inserção das mulheres e a valorização do seu trabalho, principalmente refletindo na discrepância entre os salários feminino e masculino. Outro fator preocupante é a má qualidade de diversas instituições de ensino, gerado pela “comercialização” da educação, que acabam formando profissionais não tão qualificados para entrar no mercado de trabalho.
Fica claro, portanto, que a situação vivida pelos brasileiros não evidencia uma solução prática e de curto prazo. Cabe ao governo a responsabilidade de tomar as medidas necessárias para amenizar os reflexos da crise, nesse cenário, trabalhando não só na oferta de cargos públicos, mas também em parceria com empresas privadas, dando vantagens e estimulando a abertura de novas vagas. Cabe à sociedade dar as mesmas oportunidades a todos os indivíduos e educar para que esse erro não se repita no futuro. Com o próprio poder público, os subsídios poderiam, também, estimular uma contratação mais diversificada. Por fim, cabe às instituições de ensino investir, de fato, em uma boa formação, melhorando a mão de obra e inserindo indivíduos qualificados no mercado de trabalho.
Modelo de redação pronta Enem 10
Os desafios no mercado de trabalho do Brasil contemporâneo – exemplo 2
Durante todo o processo cujo Brasil busca o seu desenvolvimento, nota-se que as dificuldades voltadas à empregabilidade vividas no passado do país continuam presentes. Com isso, presuma-se que os brasileiros são conviventes com a falta de trabalho que afligi tantas famílias.
Considerando-se o desemprego, é preciso analisar um ponto que influencia sua causa o analfabetismo. Velho conhecido do povo brasileiro contribui bastante com esse cenário desolador resultado de uma sociedade maquiada em torno de sua real situação de pobreza, exclusão, fome, desigualdade e, desemprego, de uma forma resumida, momento criado por falta de qualificação e oportunidades que, aproveitadas por “alguns”, aumenta a concorrência no mercado de trabalho e as discrepâncias sociais.
Não se atendo ao analfabetismo e falando de algo mais recente, a crise econômica, que assola a nação e de tão dura que é, faz o público trabalhador se questionar, “até quando isso vai durar”? dado que, os chefes dos lares “se viram” como pode, tentando driblar o que ocorre no cenário econômico vivido, usando da criatividade para sobreviver, encarando a escassez de chances, com pouca dignidade e honra.
Dado o exposto, percebe-se no que se seguiu a clara situação da população brasileira em transpor as dificuldades no mercado de trabalho. Com isso, o avanço deve partir do governo, reconhecendo as problemáticas aqui indicadas. Assim, sendo um país que há algum tempo busca crescer, voltar investimentos para infraestrutura dos setores de ensino e profissionalização, levando qualidade ao ensino fundamental, médio e cursos qualificantes, seguidos da melhoria e estabilidade do setor industrial, aumentando a oferta de empregos. Seguido disso, há curto prazo, enquanto a crise não se estabelece, políticas públicas deverão ser implantadas. Contudo, educação é o caminho.
Modelo de redação pronta Enem 11
A cultura do assédio no Brasil
No século XIX, o Romantismo transmitia, pela representação de personagens literárias, uma conduta de submissão feminina que compactuava com os valores morais da época. Nos dias atuais, a escritora nigeriana Chimamanda Adichie alega que o problema do gênero consiste em descrever como devemos ser, em vez de reconhecer quem somos, o que comprova um modelo arcaico enraizado na sociedade. Nesse sentido, a cultura de assédio no Brasil é fruto de reflexos históricos e, para garantir o respeito e liberdade à mulher, intervenções são necessárias.
Primeiramente, uma das causas dos assédios é a visão machista sobre a conduta feminina. Mesmo que o Feminismo tenha assegurado maior autonomia política e social à mulher, o patriarcalismo ainda a subjuga pela sua vestimenta, direito de ir e vir e empoderamento. Desse modo, os ideais conservadores se sobrepõem à realidade. Em 2016, a revista Veja entrevistou a esposa do vice-presidente Michel Temer, em uma reportagem intitulada “bela, recatada e do lar”. Tal chamada unifica o papel da mulher, pois o machismo justifica que aquelas que fujam a esse padrão ao usarem roupas curtas e saírem desacompanhadas estão propícias ao abuso.
Além disso, há hoje a banalização do assédio e as redes sociais se tornaram uma ferramenta para tentar combatê-lo. Nas ruas, festas, trabalho e até dentro da própria casa as cantadas, puxadas no cabelo e as tentativas de reprimir a vítima à violência sexual são ações que se naturalizaram, já que acontecem cotidianamente na vida de muitas mulheres. Para engajar jovens e adultas contra a sensação de impunidade, campanhas virtuais como “Meu Primeiro Assédio”, “Me avisa quando chegar” e “Vamos juntas?” percorreram o Facebook e o Twitter a fim de denunciar as opressões vividas, trocar experiências e atrair a atenção da mídia e das pessoas para conterem esse mal.
Portanto, a cultura de assédio se solidificou na sociedade brasileira. A fim de alterar o olhar machista, debates e aulas de conscientização às crianças nas escolas fomentarão o respeito aos direitos da mulher. Ademais, os meios de comunicação, com impacto apelativo, devem transmitir noticiários sobre a equidade de gêneros e problematizar a banalização do abuso, induzindo a reflexão e mudança na conduta dos indivíduos. O Governo, ainda, sendo mais punitivo nas leis contra essa situação garantirá o reconhecimento da liberdade feminina, como anseia Chimamanda.
Modelo de redação pronta Enem 12
A questão indígena no Brasil: reflexões
A carta de Pero Vaz de Caminha contava sobre a presença de um povo que, sob os olhares europeus de soberania, precisava ser civilizado: os índios. Estamos enganados se pensamos que não herdamos esse olhar. Nossos colonizadores fizeram o trabalho sujo do genocídio, mas nós contribuímos para que a questão indígena no Brasil tenha se agravado.
Em primeiro lugar, é necessário encarar o fato de que nós ainda pensamos como os portugueses do século XVI. Principalmente quando subjugamos a cultura indígena, considerando-os selvagens e os colocando em segundo plano. Prova disso é o fato de classificarmos, popularmente, nossa língua como oficial, enquanto as deles são dialetos. Assim como a nossa cultura é classificada rica e civilizada, enquanto a deles é considerada folclore por muitos de nós.
Contudo, a questão indígena é mais complexa. Além de tudo, os índios brasileiros ainda têm de lutar pela terra. Isso porque a bancada ruralista do nosso país vem tomando terras indígenas para alocar sua atividade comercial. Essa situação vem dizimando muitas tribos e impedindo o avanço de qualquer tentativa do governo brasileiro ou de ONGs que atuem na questão indígena no Brasil.
Essa é, portanto, uma situação que não podemos mais sustentar. Chega de encarar os índios como intrusos, negando-os terra, voz e identidade. É preciso que nós lutemos e agreguemos à luta desses povos pela sobrevivência. Para tanto, o governo deve impedir a agricultura e a pecuária de gerar conflitos no campo, garantindo a vida e o sustento desses povos, para que possamos difundir suas culturas.
Modelo de redação pronta Enem 13
A exposição exagerada no ambiente virtual
São incontáveis os aplicativos que surgem a todo momento na internet. Antigamente, a função deles era aproximar pessoas em um mundo globalizado, hoje, servem como diários abertos a todos os seguidores. À medida que o ambiente virtual traz benefícios para a comunicação, eles também se tornam meios de exposição excessiva. Dessa forma, é importante educar os usuários dessas redes sociais, a fim de evitar problemas pessoais.
Cabe ressaltar como a internet é presente na vida dos seus usuários. É comum encontrar pessoas de diferentes faixas etárias com smartphones nas mãos que os utilizam para fins profissionais, acadêmicos e pessoais. Porém, este é o que gera problemas, visto que os usuários divulgam demasiadas informações na rede e correm o risco de terem informações vazadas por “hackers”.
Com o intuito de solucionar problemas causados pela má utilização do ambiente virtual, medidas precisaram ser tomadas, no Brasil. Em 2012 foi criada a lei Carolina Dieckmann com o objetivo de punir condutas indesejadas na internet, depois de imagens íntimas terem sido divulgadas e por existir uma lacuna de punição desse setor.
Fica evidente que, embora a globalização tenha trazido a internet como meio de troca de informações e comunicação, ela precisa ser fiscalizada devido às demandas atuais. Com a necessidade de guiar os caminhos dos usuários, não só devem-se criar meios de punir os usuários da rede, mas também de educar os usuários para que gerações futuras saibam como se comportarem em ambientes virtuais. Dessa forma, instituições de ensino em parceria com as secretarias de educação devem formular práticas pedagógicas – oficinas, palestras, aulas – de inclusão e educação digital para que cada vez mais os usuários saibam utilizar esse novo meio de comunicação.
Modelo de redação pronta Enem 14
A família contemporânea e sua representação em questão no Brasil
Pluralidade é uma boa palavra para definir o panorama da realidade das famílias brasileiras atuais. Mães solteiras, casais homoafetivos, filhos legítimos e adotivos são algumas peças no retrato de família do Brasil. Apesar de ainda sofrerem muito preconceito, essas novas configurações já avançaram bastante e hoje têm alguns direitos civis garantidos. Entretanto, deve-se continuar a luta para garantir a igualdade.
As novas gerações surgem com seus pensamentos mais críticos, mas o conservadorismo ainda está cristalizado em nossa sociedade. Crianças pertencentes às famílias “não convencionais” naturalizam o preconceito que sofrem. A violência verbal e física contra pessoas LGBTs recheia os noticiários e uma das inúmeras consequências disso é o medo de adotar. A hostilidade também é comum quando se trata de mães solteiras, que, além de terem que dar conta da criação dos filhos, enfrenta a discriminação – velada ou não – por trás de duros olhares. a triste realidade é que o modelo “pai, mãe e filhos”, tido como o tradicional, é privilegiado em detrimento dos outros.
A acepção dos novos modelos familiares podem colaborar para resolver outros problemas sociais. Por exemplo: quanto menos casais do mesmo sexo sofrerem preconceito por terem adotado um menor, mais casais vão se sentir confortáveis para pensar no assunto, diminuindo, assim, a taxa de crianças em abrigos. Antigamente, mulheres divorciadas estavam destinadas à solidão, pois não eram socialmente aceitas. Apesar de ainda sofrerem preconceitos, hoje, quantos casos não há de mulheres independentes e/ou chefes de família? É evidente que a estrada rumo ao espaço para a pluralidade é repleta de obstáculos construídos pelo patriarcalismo institucionalizado.
Contudo, fica explícita a necessidade de avanço nas discussões sobre representatividade familiar. O governo deve criar meios de punição mais eficazes e incentivar campanhas didáticas. A escola é a segunda experiência social do indivíduo – ficando atrás apenas da família -, por isso, promover a discussão com a comunidade escolar e o compromisso com a conscientização são seus deveres de casa.
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